quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cosmologia: uma mudança radical no modo de fazer física

A origem da vida, o surgimento do universo e as viagens no tempo estão entre as instigantes questões trazidas pela Cosmologia, cujas promessas de  respostas apelam intensamente para a  curiosidade do público.

Para o professor Mário Novello, para quem a Cosmologia  “tem produzido uma mudança radical no modo de fazer física”, as novidades científicas nesse campo podem ser muito mais sedutoras que algumas das fantasias e mitos que excitam a imaginação das pessoas e que a mídia ajuda a criar. A principal dessas novidades é a mudança do modelo padrão que explica a origem do universo. “Identificar o começo do universo com esse momento da explosão primordial, o Big Bang, não é racional”, diz Novello, que defende a teoria cosmológica do universo eterno, assunto de seu curso de pós-graduação na VIII Escola do CBPF e também de seu último livro, " Do Big Bang ao Universo Eterno", lançado em maio pela Zahar.

A teoria do universo eterno, seus argumentos e suas relações com outras teses e perspectivas cosmológicas estão entre os temas abordados pelo cientista Mário Novello, do Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica do CBPF (ICRA/CBPF) na entrevista concedida à doutoranda Josephine Rua. Confira!





Em tempo: Entre os dias 30 de agosto e 11 de setembro será realizada a XIV Brazilian School of Cosmology and Gravitation, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro. O evento, organizado pelo Instituto de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (ICRA) do CBPF e com o  apoio da ICRANet, rede internacional de institutos de Relatividade e Astrofísica, é um dos mais importantes da área e acontece a cada dois anos, desde 1978.

Um comentário:

  1. Contrariar a mentalidade dominante, como faz Mário Novello e alguns outros poucos, é uma decisão heróica. Antes de "Do Big Bang ao Universo Eterno", em outro livro, O Que é Cosmologia, ele estranha: “por que os cientistas deixaram que os meios de comunicação de todo o mundo propagassem uma versão fantástica e errônea: a de que eles, cientistas, teriam demonstrado que o Universo teve um momento único de criação há uns poucos bilhões de anos(?)”. “...longe de podermos tratar aquele momento como um “começo”, ali estariam ocorrendo complexos processos (contínuos) ...”. Se a ideia do Big Bang nasceu da observação de que o Universo está se alargando, expansão que cessaria após a dissipação de sua força primordial; e se descobriram depois que essa força, ao invés de conter-se, está-se acelerando, já seria hora de questionarmos o mito do Big Bang, que é mais dogma do que ciência.

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